Sou um estrangeiro, mesmo estudando no Instituto de Artes. Faz pouco tempo que frequento o prédio que tem pouco mais de 60 anos. O IA é um lugar especial apesar das conhecidas e crônicas dificuldades que as universidades públicas enfrentam. O mais especial e encantador disto é a vida criativa que se esgueira pelas escadarias. Não temos um grande espaço dentro do campus, mas cada sala e seus habitantes possuem uma grande energia muitas vezes retesada e contida. Vez ou outra escapa e vemos a Arte nos corredores, no espaço Ado Malagoli e na pinacoteca.
Quando me pediram para escrever, a questão era: existe vida no IA? Sim, mas às vez nos parece que não. Temos certa dificuldade de nos encontrar entre uma aula e outra, exceto no bar e/ou no Centro Acadêmico. Talvez seja pela atribulada correria que esta vida pós-moderna. Somos obrigados a correr para lá e para cá, seja para o trabalho, para casa ou ainda para outra parte do campus. A fragmentação dos horários, e consequentemente, das turmas acabam nos passando a impressão de que há pouco movimento lá dentro. Fora das aulas nem sempre é
possível encontrar e conversar com os colegas de outras turmas, e bastante improvável ver um professor. Não posso esquecer dos espaços que são para iniciados, como o "porão" e salas usadas pela pós-graduação que ficam bem escondidas.
Privilegiados os que passam pelo bar e pelo centro acadêmico. Lá é onde fervilham idéias e altas conversas sobre tudo, inclusive sobre a vida. No Instituto, tem muita vida sim e está indo e vindo, circulando a todo instante.
quarta-feira, julho 27, 2005
Impressões de um estrangeiro
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