terça-feira, junho 09, 2009

Teoria e Crítica

Resuma a teoria apresentada por Baudelaire no texto “Sobre a modernidade: o pintor da vida moderna”.

No texto “Sobre a modernidade: o pintor da vida moderna”, Charles Baudelaire define um perfil do pintor moderno, elege um artista como exemplo de sua teoria e discorre sobre as características da arte na modernidade.

Sua teoria começa com a definição do belo como elogio do presente. Para Baudelaire, o belo precisa ser contemplado com elementos do presente e do passado. Ele discorda dos academicistas que valorizam apenas o passado: para ele, a crítica tem um compromisso com o presente. Mas interessa a Baudelaire o presente que tem algo de eterno: o pintor da vida moderna precisa buscar o eterno no que é transitório.

Baudelaire elegeu o croqui para falar do artista da vida moderna, pois entende que este artista precisa de uma forma rápida para representar sua realidade que é um cenário urbano, recém industrializado e em que a velocidade está presente. Este artista é um homem do mundo e das multidões que afirma não ser artista: ele é como qualquer homem no meio da multidão. O entusiasmo de Baudelaire por sua teoria é, por vezes, ingênuo. Elogia a multidão como uma forma de se viver no anonimato. Explora a curiosidade como formação do gênio do artista associada à figura do convalescente. Tudo para o artista da vida moderna é novidade, ele olha a vida a seu redor como uma criança sem preconceitos. Exalta a originalidade, tem um interesse intenso pelas coisas, mesmo as mais simples. É o perfeito flâneur. OBSERVAÇÃO DO PROFESSOR: MAS PRECISA SUPERAR O FLÂNEUR. Este artista tem o olhar e a percepção livres para a vida universal. Como exemplo deste artista moderno, Baudelaire elegeu Constantin Guys.

Sobre a modernidade, encontrar o eterno no transitório é sua principal característica. É função da crítica de arte reconhecer o eterno no transitório na obra de arte e legitimá-la por isto. Baudelaire menciona também a imparcialidade que não existe no crítico de arte, a necessidade que o artista tem de usar a memória e sua crença no poder que a arte teria para mudar a sociedade. Neste ponto, trata o artista moderno como gênio heróico comprometido social e politicamente. Define também um programa de produção de imagens para a arte moderna. Elogia a maquiagem como, possivelmente, uma metáfora à beleza que há na pincelada e no vestígio da pintura: não é preciso ocultá-la. Por fim, explica que o belo pode ser encontrado em todas as coisas se o artista tiver um olhar convalescente e buscar a beleza do fugaz, do fugidio.


Camila Zatti Conceição

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